30/09/2012

OUTUBRO...


Welcome !!!

DAS PERDAS... #1

Doem-me os olhos... ardem como se tivesse chorado a noite inteira... mas não chorei, por isso não percebo o porquê deste ardor.

Pergunto-me se eles entendem a vontade que o corpo tem, mas a pouca força que tem para o fazer...?


PASSARAM SEIS ANOS...

  Se me perguntam porque espero ou o que espero, não sei dizer.
  O que sinto é que ainda não é isto.
  O que sinto é que caminhei tanto para alcançar o que pensava ser o que desejava e agora, que olho o mundo do cimo da montanha, vejo que afinal... não quero tanto assim.
  Afinal, sou feliz com muito menos. Preciso apenas de sentir, preciso apenas de acreditar, de sorrir. Preciso da liberdade, aquela que me faz sentir que não tenho nada a perder.
  Foi sempre assim que vivi, numa corda bamba, a "pagar para ver" se caía ou ganhava asas para voar. Quase sempre caí. E levantei-me. Por acreditar que talvez amanhã, quem sabe, durante a queda, consiga voar.
  Viver a arrumar histórias e a começar outras... ir depressa demais e outras vezes não ir sequer.
  Chorar porque rio e a rir porque choro. Com este coração que não me cabe no peito... e reconstruo-me assim por dentro, devagar.
  Recordo um provérbio que li um dia que dizia algo como "quando chegasse a um momento em que me sentisse, de tão cansada, incapaz de dar um passo sequer, teria chegado precisamente a metade do caminho que serei capaz de percorrer"... Talvez seja verdade. A coragem surge sempre algures, nessas coisas que nos escapam ao primeiro olhar...
   
  Mas é a falta... a falta do toque que sabemos ser por amor. A falta de alguém que nos trate bem, que nos mime, que esteja lá, simplesmente. Mais que namorado, marido ou amante. Companheiro. O porto para o qual sabemos sempre poder regressar. O ter alguém à nossa espera. O esperar por alguém. O último telefonema do dia. O último desejo de boa noite. A cabeça no descanso de um peito que se move devagar. O silêncio. A mão e o corpo entrelaçados noutra mão, noutro corpo. O beijo. O riso. O chamego. O aconchego. O partilhar. Alguém para escutar. Alguém que nos escute. O dividir. O acordar cedo porque há tanto por viver... para viver. A tranquilidade das manhãs de domingo. As tardes de aconchego no sofá, entre mantas, chás, lareira, cães e gatos. As noites de travessuras. Cumplicidades... e o Amor sempre escondidinho, ali perto, à espera do momento para gritar. E quantas vezes que não se ouve.

  Por vezes a falta pesa.
  A falta de coisas banais... como o Amor.
  O Amor que quando não morre, mata.
  O Amor que muitas vezes, por desistir de nós, nos obriga a desistir dos nossos sonhos.
  Sempre o Amor, que por ser tão odiado é tão procurado. E nessa procura, ele a bater à porta, de mansinho, e nós distraídos à procura dele.
  Quantos sentem falta? E de quê? Ninguém fala das faltas que sentem, das saudades que têm.
  A verdade é que não se fala do que se sente... Medo? Talvez. O que é bonito silencia-se e grita-se o feio. É sempre mais fácil magoar que dizer que se quer muito bem.

  Eu sinto falta de muitas coisas... até de receber uma carta verdadeira, em envelope fechado com o carimbo dos correios e tudo. Sem ser em correio azul, que parece ser urgente demais... mesmo que fosse uma carta que começasse por "minha querida Anita"... Saudade das coisas mais pequenas e simples.

  Saudade.
  E a saudade só faz com que espere. Espero o dia em que a possa matar, para sentir aquele sorriso que nasce inocente, por uma ternura que vem do peito, cá de dentro, devagarinho... só para sentir que todo o tempo de espera não foi em vão.

  A verdade é que sempre segui pelo melhor caminho, o único que naquele instante poderia seguir. Parece-me agora que sempre o mais difícil.

  Hoje que penso nas perdas, nas faltas, na saudade, nas esperas constantes, vejo que perdi muitas almas, mas nunca a minha... perdi muitos corpos, mas nunca o meu... perdi alguns (poucos) homens, mas nunca o Amor. Aquele que continua cá no fundo, onde faz eco.
  O que espera.
  Apenas.




Fez seis anos, a vinte e um de Agosto, que escrevi este texto, noutro cantinho onde passava muito tempo na altura...

Passaram-se seis anos.

Ainda espero...









(curiosamente, encontrei este texto reproduzido na net em quatro sítios diferentes, em datas posteriores, como se fosse pertença das respectivas donas das páginas... sinto-me violada :-/)
  

28/09/2012

FACEBOOK OFF MODE!

Pois é: desactivei a minha conta do facebook há dois dias.
Entrou em fase de pousio.
É um assunto a desenvolver por aqui, mas traz tanta coisa agarrada e agora não há tempo!
Vou ali e já volto!
Trincas e lambiscas e uma óptima sexta feira a todos!

AAHHHHH...

E hoje aqui a menina só trabalha meio dia!
Vou finalmente gozar o meio dia de férias que me rapinaram no dia um de Junho!
Tanta roupinha que tenho para engomar!!
Maravilha!!

MAIS DO MESMO...

É assim todo o início de mês...
Salário recebido (aleluia!)
Contas fixas pagas (graçá'deus!), isto sem contar com o gás, que ainda é de botija nesta casa, por isso ainda o tenho de ir carregar no lombo...
Vai-se a ver e um terço do salário voou em meia dúzia de pagamentos e em cerca de cinco minutos...
Agora vai de compras para a casa e comida e outros cuidados para os patudos que dividem o espaço,  mas não as despesas, comigo.
O que eu sei é que, ao fim de uma semana (ou duas semanas vá...), pergunto a mim própria como há gente que consegue poupar qualquer coisinha por mês...
Mas tenho para mim que melhores dias virão!! Já penso isto há cerca de uns dez anos, por isso eles não devem tardar aí!!

27/09/2012

NA BUSCA DO AMOR...

Então parece que a procura pela Diana está na ordem do dia, mas durante um tempo foi o Pedro (ou Rui, de seu verdadeiro nome) que procurava a sua Inês. Alguém se lembra desta procura?

06/09/2012

DOS BONS DIAS...

... daqueles dias que acordo em paz, apesar de nada estar diferente do dia anterior, que terminou triste, sem certezas (ou com certezas demais...), com os mesmos problemas com que o dia tinha iniciado e outros que a esses se juntaram.
... daqueles dias em que o dia lá fora amanhece barulhento, mas que cá dentro está calmo e silencioso, apesar do ronronar matinal da gin no meu ouvido.
... daqueles dias em que o meu lado pessimista acorda mais tarde que eu e me deixa ser serena até um pouco mais tarde, como quem prolonga o sono numa manhã de domingo.


Hoje foi um daqueles dias, neste caso o primeiro, em que enviei uma sms à minha irmã a desejar-lhe um dia com tudo a correr bem para ela. Ainda bem que a resposta não foi algo do género "estás bem?", porque não saberia o que responder. 

Sim...
Acho que estou bem sim.

(acho que ele ainda continua adormecido...)

05/09/2012

SOU HORRÍVEL, EU SEI!!!

Esta música, aqui interpretada pela Birdy, na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos é linda!! Diria mesmo que não fica em praticamente nada atrás à versão original de Antony And The Johnsons, uma das minhas bandas de eleição!


... mas não consigo parar de pensar na ironia da letra e da escolha do dançarino David Toole para a interpretar...

opa...

♪ "I've been searching for my wings some time (...)" ♪

opa... a sério?

E escolhem um dançarino sem pernas?? 
... ainda se fosse sem braços.......

Eu avisei: eu sou horrível, eu sei!!! Tenho um lugar guardadinho no Inferno, no canto mais quente!