Talvez só eu tenha esta opinião, mas não gosto da "so called" arte da Joana Vasconcelos. Tudo muito tradicional, tá certo... Mas eu olho para obras de arte como esta:
e não é por isso que a Dona Emília (que lá tenha a alminha em descanso), que me recheou a arca do enxoval com bases para copos, argolas para guardanapos e todo o estilo de naperons, teve direito a exposições em locais todos xpto...
But don't mind me of course!!! Continuação de muito sucesso cara Joana!
Tenho lido, por essa net'afora, que isto de ligar pessoas a músicas pode correr mal, sob pena de se tornar díficil ouvir esta ou aquela música, depois desta ou daquela pessoa ter-se afastado de nós, da nossa vida, do nosso convívio...
Mas é díficil para mim estabelecer essa separação, porque a minha vida e a música andam de mãos dadas, para não dizer seladas.
Há uma música para quase cada momento da minha vida. Muitas músicas que recordam esta ou aquela pessoa. Muitas músicas mais para locais ou ocasiões especiais e únicos.
Não sei viver de outro modo. A música faz parte de mim.
Mas têm toda a razão. Para além das perdas pessoais e espirituais, há uma necessidade autêntica de fazer um luto a esta ou aquela música. Tenho músicas que ressaquei por muito mais tempo do que me demorou a ressaca da pessoa em si. E é sempre triste esse afastamento de algo que me faz feliz devido a algo que, de alguma forma, me feriu ou me traz memórias menos felizes.
E agora adoptei um tratamento choque para isto: assim que passa ali a fase da negação (chegada a fase da ira), ouço as músicas em loop, até à exaustão.
Obviamente que irei ligar sempre a música à pessoa ou à situação, mas há um leveza tão grande quando voltamos a cantá-la sem a garganta apertar e os olhos arderem...
Uma das coisas que mais alegria me dá nas redes sociais é ver o anúncio de animais que regressam a sua casa, depois de dias, semanas, meses e até anos, afastados da mesma. Ou porque se assustaram e fugiram, ou porque a curiosidade os levou para longe e perderam o caminho de regresso... Fico sempre de coração tão leve, mesmo que nunca tenha visto ou volte a ver aquele animal.
Hoje vi um apelo de um serra da estrela que se tinha perdido, e necessitava de medicação para a epilepsia, que me deixou de coração apertadinho. Entretanto surgiu a comunicação de que já estava em segurança em casa ♥
Mas uma notícia que me emocionou foi a de uma rapariga decidiu ir a um abrigo para adoptar um gato, e encontrou lá o gato dela, que tinha desaparecido há um ano.
(Procurei uma fonte que me garantisse que a notícia é verídica, mas não
encontrei. Neste caso, sinto-me bem só de imaginar que assim possa ter
acontecido ☺)